China em Busca da Energia Renovável
A China é o maior importador de petróleo do mundo e representa cerca de metade do consumo mundial de carvão, e suas decisões sobre a energia agitam os mercados mundiais regularmente.
Durante o ano de 2017, a recuperação do consumo de carvão da China beneficiou os produtores de outros países, incluindo os EUA, mas nos últimos meses vem fazendo uma determinada tentativa de reduzir o uso do carvão para melhorar a qualidade do ar. As importações de carvão agora estão bem abaixo dos níveis do ano passado, já que as autoridades conduzem uma mudança para a queima de gás. A estratégia está causando uma série de consequências não intencionais, incluindo uma escassez de gás para a indústria química e impacto significativo nos mercados de GNL (Gás Natural Liquefeito), levando os preços à vista na Ásia chegarem a quase o dobro dos mínimos no início do ano.
A China está mudando e seu futuro de energia promete ser bem diferente de seu passado recente. Durante anos, a narrativa de energia dominante na China concentrou-se no ritmo extraordinário de seu desenvolvimento, o sucesso do país em levantar centenas de milhões de cidadãos da pobreza (incluindo a pobreza energética), a escala de sua industrialização e sua demanda por recursos energéticos, mais notavelmente para o carvão.
Apesar dessa desta narrativa ser verdadeira, o país está rapidamente mudando de direção na direção de uma economia muito mais baseada em serviços e uma diversidade de fonte de energia limpa. Esta nova direção terá consequências que serão significativas para o mundo. Como pode ser visto nos gráficos abaixo onde mostra que o investimento em energia renovável vem crescendo gradualmente e no setor de combustíveis fósseis diminuindo (gráfico I), com o objetivo de trocar suas fontes de energia e tomar à dianteira global em energia renovável até 2040. (gráfico II).
Gráfico I: Investimento Anual em Usinas de Energia FONTE: IEA
Gráfico II: capacidade de geração de energia instalada FONTE: IAE
Com essas mudanças a China leva terá um impacto profundo nos mercados mundiais, tanto nos comércios, investimento, nos custos de tecnologia e na consecução de objetivos globais compartilhados. Durante o caminho até 2040, as escolhas políticas e as necessidades de importação da China têm um enorme impacto no comércio global e no investimento em petróleo, gás e carvão, é importante lembrar que até 2040, quase 30% do petróleo comercializado internacionalmente e também quase um quarto do gás comercializado em longas distâncias, está a indo para os Chineses.
A China no esforço mundial para enfrentar as mudanças climáticas, já está olhando para o futuro, e isso já pode ser visto, voltando às atenções para os investimentos globais, onde é responsável por investimentos em uma variedade de tecnologias e aplicações de energia limpa incluindo veículos elétricos, baterias, captura e armazenamento de carbono, energia nuclear e energia solar e eólica, com o potencial de dobrar para baixo a curva de custo global em cada caso, como pode ser visto no gráfico abaixo.
Entretanto, é sempre importante lembrar que todo o progresso que foi proporcionado à China e que conseguiu elevar a qualidade de vida da sua população se a vários motivos e entre eles se encontra os combustíveis fósseis, e por enquanto eles ainda seguiram tendo um papel importante não só na China, mas no mundo.
FONTE:
[1] Dados e Expectativa do futuro energético Chinês pode ser encontrado em, http://www.iea.org/weo/china/
[2] Matéria sobre renovação do cenário energético Chinês pode ser encontrado em, https://www.ft.com/content/71c9a0bc-e345-11e7-8b99-0191e45377ec
[3] Dados Da Produção de Petróleo da China, pode ser encontrado em, https://pt.tradingeconomics.com/china/crude-oil-production
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