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Descomissionamento de Plataformas

 

Atualmente, o Brasil possui 154 unidades estacionárias de produção offshore (ANP, 2018) em funcionamento. Essas estruturas são projetadas e construídas para produzirem petróleo e gás por pelo menos 20 anos. Portanto, em algum momento, chegam à fase de abandono, com a desativação da estrutura devido às condições técnicas, exaurimento de recurso ou inviabilidade econômica. O abandono refere-se à etapa final da vida útil das instalações de produção, ocorrendo tamponamento de poços produtores e remoção dos equipamentos, sendo também denominada de descomissionamento. No entanto, o termo descomissionamento sugere a melhor maneira de desativar as operações de produção, com o objetivo de minimizar riscos sociais e ambientais.

As opções de descomissionamento para as estruturas em ambiente marinho são:

  1. Remoção completa com disposição em terra;

  2. Remoção completa com disposição no fundo do oceano;

  3. Remoção parcial;

  4. Tombamento no local;

  5. Deixar a estrutura no local para utilização alternativa.

Vale ressaltar que estas opções incorrem em um grau de impacto maior ou menor, dependendo da região e variáveis ambientais, econômicas, sociais e políticas.

No período de exploração e produção, as estruturas que ficam submersas tornam-se parte integrante do ecossistema submarino. A remoção delas pode causar impactos ambientais também devido à possíveis vazamentos de óleos, ao uso de explosivos e liberação de substâncias tóxicas. O fato é que o processo de descomissionamento da atividade petrolífera resulta em impactos e altos custos, representando uma etapa com baixo ou nenhum lucro.

Motivos para o descomissionamento

Entre os principais fatores que influenciam o descomissionamento, estão o término de vida útil da plataforma, esgotamento do poço produtor e fatores econômicos. Contudo, mesmo não sendo possível precisar quando a estrutura chega à sua exaustão física, sua vida útil está mais ligada ao período em que o projeto se mantém economicamente viável do que à fadiga dos materiais. O esgotamento do poço produtor é o momento de encerramento da produção, quando o uso de equipamentos para estimulação aumenta os custos de exploração e inviabiliza o poço. A análise dos principais fatores econômicos e técnicos de exploração da reserva de petróleo e gás é feita pela operadora responsável.

De acordo com Ruivo (2001, apud AMORIM, 2010), o processo de descomissionamento pode ser aplicado a seis principais classes de instalações:

  1. FPSOs e plataformas semissubmersíveis;

  2. Torres complacentes, TLPs e Spars;

  3. Estruturas de concreto e de aço;

  4. Topsides;

  5. Sistemas submarinos;

  6. Oleodutos e linhas de fluxo;

  7. Poços.

Nas plataformas do tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading) e Semi-Submersível, por serem flutuantes, os custos de descomissionamento são menores do que em plataformas fixas. A principal dificuldade nesse processo está associada à desconexão de todas as amarrações, linhas de fluxo e risers. Em águas profundas, a remoção do sistema de ancoragem é feita com ROVs (Remove Operated Vehicles). A solução de descomissionamento, neste caso, encontra-se em equilíbrio entre a opção de remoção completa e deixar no local.

Lucas Goulart

Diretoria de Projetos do Portal do Petroleiro

Graduando em Engenharia de Petróleo.

Referências

AMORIM, Tailand Oliveira de. Plataformas Offshore: Uma breve análise desde a construção ao descomissionamento. 2010. 70 f. TCC (Graduação) – Curso de Tecnologia em Construção Naval, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, 2010.

MARTINS, Cecília Freitas. O descomissionamento de estruturas de produção offshore no Brasil. 2015. 43 f. Monografia (Especialização) – Curso de Engenharia Ambiental, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2015

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