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Energias

      Os padrões atuais de produção e consumo de energia são baseados nas fontes fósseis, o que gera emissões de poluentes locais, gases de efeito estufa e põem em risco o suprimento de longo prazo no planeta. É preciso mudar esses padrões estimulando as energias renováveis, e, nesse sentido, o Brasil apresenta uma condição bastante favorável em relação ao resto do mundo. Energias renováveis representavam 41,3% do consumo total no Brasil, ao passo que no mundo eram apenas 14,4%.

      No entanto, mesmo as energias renováveis não são 100% limpas, elas também possuem suas desvantagens. Um caso bastante polêmico e conhecido que podemos citar é a construção de hidrelétricas – e de toda sua infraestrutura – na Amazônia.

Figura – Localização Hidrelétricas no Brasil

      As principais bacias hidrográficas do Sul e do sudeste do Brasil foram reguladas pela construção de inúmeros reservatórios para a geração de hidreletricidade, o que se constituiu em um significativo impacto na qualidade e na quantidade das águas dos rios dessas bacias hidrográficas, mas ao mesmo tempo suportou o desenvolvimento econômico e o progresso da infra-estrutura, principalmente nessas regiões.

      A avaliação do potencial hidrelétrico da bacia amazônica encontra-se atualmente ainda em estado preliminar. Para os afluentes do rio Amazonas, exceto o rio Tocantins/Araguaia, estima-se um potencial de 73,380 MW. Isso corresponde a 45% do potencial hidrelétrico de todo Brasil.

      Ao longo do Amazonas existem 140 barragens hidrelétricas em funcionamento ou em construção e outras 428 estão planejadas. Mesmo que no final apenas uma parte delas saia efetivamente do papel, os cientistas acreditam que seu impacto sobre os rios amazônicos será “desastroso”.

      Em 1980, na Amazônia, somente duas pequenas represas hidrelétricas estavam em funcionamento: Curuá-Una, perto de Santarém, e Paredão, no Amapá, no norte de Belém. Ambas cobrem uma área de menos de 100 km2 e têm uma capacidade de geração de 70 MW. Os impactos econômicos e ambientais são pequenos.

Imagem – Consequências da instalação de Hidrelétricas

      A situação mudou com a construção de Tucuruí no baixo Tocantins, com uma área de 2.430 km2 e uma capacidade de geração de 8 mil MW. Nos próximos anos, outras represas gigantescas serão construídas na Amazônia brasileira, estando algumas já em fase adiantada de construção, tais como Balbina, perto de Manaus, e Samuel, perto de Porto Velho. Sem dúvida nenhuma, todas estas represas trarão fortes impactos ao meio ambiente, por causa de seu tamanho. Dentre seus problemas podemos citar:

  1. Translocação da população (afetando principalmente a população indígena);

  2. Perda de solos;

  3. Perdas de espécies de plantas e animais;

  4. Perdas de monumentos naturais e históricos;

  5. Perda de recursos madeireiros;

  6. Modificações da geometria hidráulica do rio;

  7. Impactos para a pesca e a aqüicultura;

  8. Deterioração da qualidade da água;

  9. O impacto ao balanço global de CO2;

  10. E etc.

Sophia Paiva Diretoria de Projetos Portal do Petroleiro Graduanda em Engenharia de Petróleo

Referências: HINRICHS, Roger A.; KLEINBACH, Merlin; DOS REIS, Lineu Belico. Energia e Meio Ambiente. 5. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015. 764 p. GOLDEMBERG, José; LUCON, Oswaldo. Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. 3. ed. São Paulo: Edusp, 2008. 396 p.

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