ENERGIAS
No princípio do segundo milênio, fontes energéticas como o vento, a água e a lenha dominavam a produção de calor e de força motriz. Em épocas mais recentes, as novas fontes – o carvão, o petróleo, o gás e o nuclear – substituíram estas fontes tradicionais, em particular nos países que se foram industrializando.
Atualmente, a nova ordem mundial é a busca pela auto-suficiência em geração de energia, aliada a uma diversificação da matriz energética, ou seja, a procura por diferentes fontes de energias alternativas que supram a demanda interna dos países, no caso de uma escassez de combustíveis fósseis. Por um lado, a necessidade de assegurar a diversidade e segurança no fornecimento de energia e, por outro lado, a obrigação de proteger o ambiente, cuja degradação é acentuada pelo uso de combustíveis fósseis, motivaram o renovado interesse pelas renováveis.
Figura – Imagem meramente ilustrativa
A extração de energia do vento, especialmente na forma de eletricidade, tem despertado cada vez mais o interesse das empresas e dos governos. A energia eólica é a forma de energia que mais cresce atualmente, aumentando de 30 a 40% ao ano em muitas áreas do mundo. Estima-se que esse tipo de energia poderá suprir até 30% da demanda de eletricidade nos Estados Unidos por volta de 2020, atualmente a Europa continua a liderar o resto do mundo com a maior capacidade instalada.
O impacto ambiental da energia eólica é praticamente insignificante sendo seu principal problema a poluição visual, apesar de já existirem algumas preocupações com relação ao barulho, interferência nas comunicações e acidentes com morcegos e aves de rapina. Outras características positivas das turbinas de vento é seu curto período de construção, o tamanho reduzido de suas unidades (em relação ao de outros tipos de geradores de eletricidade) e sua capacidade de adaptação sob medida ao uso de localizações específicas. Outra vantagem da energia eólica, especialmente no caso da utilização Residencial, é que ela é um excelente complemento para energia solar, já que em dias com pouco sol geralmente são aqueles com ventos acima da média.
Figura – Componentes de um sistema de Energia Eólica
O sistema da energia eólica funciona assim, a pressão do vento faz girar um rotor composto por lâminas ou paz. Este rotor está conectado a um eixo, que por sua vez está conectado a um gerador elétrico por meio de várias engrenagens. Um sistema que revolucionou a indústria de energia eólica é o inversor síncrono, que converte a corrente contínua que sai do gerador eólico em corrente alternada e permite a conexão para operação em paralelo com a rede elétrica.
Características topográficas locais influenciam fortemente os ventos e às vezes ocorrem grandes variações na velocidade do vento em uma área pequena. A instalação da turbina tem que ser o mais alto possível, porque a velocidade do vento aumenta com a distância do solo devido ao atrito entre o movimento do ar e o solo. Boas turbinas eólicas são aquelas que podem utilizar ventos de alta velocidade de forma eficiente. Geradores com menos lâminas (duas ou três) são muito mais eficientes que os de múltiplas pás, os quais são bons em baixas velocidades de vento,
Um crescimento contínuo e forte da utilização da energia eólica é esperado neste século e deverá ser implementado pelo aprimoramento dos projetos de turbina de vento, pelos aumentos nos preços dos combustíveis e na demanda de eletricidade, e pelas preocupações ambientais, isso tudo tornam a energia eólica uma alternativa bastante atraente. Quer saber mais sobre energias? Continue acompanhando nossas publicacoes.
Sophia Paiva Diretoria de Projetos Portal do Petroleiro Graduanda em Engenharia de Petróleo
Referências:
HINRICHS, Roger A.; KLEINBACH, Merlin; DOS REIS, Lineu Belico. Energia e Meio Ambiente. 5. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015. 764 p.
GOLDEMBERG, José; LUCON, Oswaldo. Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. 3. ed. São Paulo: Edusp, 2008. 396 p.
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