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ENERGIAS

       O Brasil é um país com vasta extensão de costa, em torno de 8 mil quilômetros, essa imensa região oceânica de 4,4 milhões de quilômetros quadrados, oportunamente denominada “Amazônia azul” pela Marinha do Brasil, é fonte de vários recursos que já colaboram significativamente com a autosuficiência da matriz energética brasileira, e que poderão em futuro breve nos proporcionar outro patamar de desenvolvimento econômico e social. A autonomia energética de um país é um dos baluartes de sua autodeterminação e, nesse contexto, a energia que vem do mar é definitivamente uma forte contribuinte da nossa soberania nacional.

       A produção marítima de óleo e gás foi equivalente a 89% da produção total brasileira em janeiro de 2010. Este é um percentual bastante expressivo, e evidencia a importância que a explotação de petróleo no leito marinho possui na matriz energética brasileira. Além da contribuição energética do petróleo em seu subsolo, o oceano pode disponibilizar também fontes alternativas de geração de energia, através do seu gradiente térmico vertical, ondas, marés, correntes marinhas, entre outras.

Figura – Diferentes tipos de Energias renováveis proveniente dos oceanos

       Como visto antes, a estratificação da coluna de água por gradiente térmico pode ser explorada no mar. A água aquecida pelo sol se mantém na superfície, por ser mais leve que a água fria. Conforme Silva, o gradiente térmico vertical apresenta o maior potencial de energia do oceano e poderia ser utilizado para geração de energia através de usinas térmicas que captam a água quente da superfície e água fria do fundo, e utilizando uma maquina térmica com um fluido, como amônia, no circuito fechado, que muda de fase liquido‑vapor na faixa de variação da temperatura do oceano, permitindo o acionamento de turbinas de geração elétrica.

      Alternativamente, pode ser utilizada a própria agua do mar em circuito aberto que utiliza câmaras de vácuo para sua vaporização. Pode‑se também utilizar um sistema híbrido. Esses sistemas são denominados Ocean Thermal Energy Conversion (Otec) e já foram testados em alguns locais do mundo, como o Havai. Para gerar eletricidade, uma plataforma ou navio com a usina de geração utiliza tubos para obter, separadamente, água fria das profundezas e água quente da superfície, essa usina converte a diferença de temperatura das águas em eletricidade e ainda, nos projetos mais novos em andamento, produz água potável (dessalinizada) e que pode ser usada para resfriamento (ex.: condicionadores de ar).

Figura – Como funciona OTEC

       No Brasil, Silva sugeriu um projeto em Cabo Frio devido a ressurgencia. No entanto, com as tecnologias disponiveis, o rendimento de usinas Otec ainda é muito baixo e seu custo não é competitivo com outras fontes atuais de energia, mas estudos recentes demonstram sua provável futura viabilidade técnica e econômica.

Figura – Distribuição vertical de temperatura com um acentuado gradiente térmico frente a Cabo Frio (RJ). [Fonte: Petrobras].

         A Figura acima mostra a distribuição vertical de temperatura com um acentuado gradiente térmico. Lugares como Cabo Frio (RJ), onde ocorre uma ressurgência, apresentam significativas diferenças de temperatura em um intervalo pequeno de profundidade.

Sophia Paiva Diretoria de Projetos Portal do Petroleiro Graduanda em Engenharia de Petróleo

Referências:

HINRICHS, Roger A.; KLEINBACH, Merlin; DOS REIS, Lineu Belico. Energia e Meio Ambiente. 5. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015. 764 p.

GOLDEMBERG, José; LUCON, Oswaldo. Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. 3. ed. São Paulo: Edusp, 2008. 396 p.

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