MÉTODOS DE ELEVAÇÃO ARTIFICIAL
Quando a própria pressão do poço não é suficiente para elevar seus fluidos de forma economicamente viável se faz necessário à utilização de algum método de elevação artificial. A escolha desse método depende de alguns fatores como: profundidade de elevação, vazões de produção, característica dos fluidos produzidos, produção de areia e principalmente se vai funcionar em unidades onshore ou offshore. O bombeio mecânico com hastes é o método de elevação mais utilizado no mundo, por isso conhecer seu funcionamento é muito importante.
Figura – Bombeio mecânico com Hastes
Neste método de elevação artificial, o movimento rotativo de um motor elétrico ou de combustão interna é transformado em movimento alternativo por uma unidade de bombeio localizada próxima à cabeça do poço. Uma coluna de hastes transmite o movimento alternativo para o fundo do poço, acionando uma bomba que eleva os fluidos produzidos pelo reservatório para a superfície. Seus componentes principais são: unidade de bombeio, bomba de fundo, coluna de hastes e motor. Por ser o método mais conhecido e utilizado em todo o mundo sua manutenção é fácil e pouco onerosa se comparado com outros métodos de elevação.
Nos artigos anteriores foi abordado e explicado sobre a Unidade de bombeio, que é todo o equipamento de superfície e deu-se início as explicações sobre as colunas de hastes, que como foi dito, ela é a responsável em transmitir o movimento alternativo do motor para a bomba no fundo do poço. Dentre seus diferentes tipos nós temos:
Hastes de fibra de vidro: São mais leves que as hastes comuns, enquanto uma coluna de aço pesa cerca de 490 lb/ft³ as de fibra de vidros pesam 128 lb/ft³, e também, elas não corroem. Entretanto, a sua performance se tratando de compressão é pior do que as de aço, e por elas serem leves, são evitadas perto da bomba.
Figura – Hastes de fibra de vidro
Hastes convencionais: São fabricados em padrões definidos em comprimentos de 25 pés com pontas reforçadas tipo pino-pino. São montadas no poço em série por ligações rosqueadas por meio de luvas, formando a coluna de hastes em quantidade suficiente em função da profundidade em que a bomba está instalada.
Figura – Hastes convencionais rosqueadas
Hastes contínuas: Não possuem acoplamento e tem extensão de até 3. 000 pés, são cortadas ou soldadas a frio, no caso de Poços de maior profundidade. São confeccionadas com aço especial, com tensão de escoamento superior a associada ao grau D e possuem elevado custo de fabricação.
Figura – Haste contínua
Hastes ocas: São hastes construídas com furo central que permite a circulação de fluidos. Esse recurso permite a realização de operação de injeção de fluidos, sem que seja necessário interromper a operação de produção, como inibição de processos corrosivos ou inibição da formação de incrustações. Essas hastes permitem também redução da tensão de torção e redução do peso da coluna.
Figura – Haste oca
As colunas de hastes podem ser compostas por hastes de até três diâmetros diferentes que diminuem gradativamente. Quer saber mais sobre isso? Continue acompanhando a publicação dos nossos artigos além de muitas outras informações sobre as colunas de hastes como o que causam sua fadiga e desgastes, sobre haste polida e etc.
Sophia Paiva Diretoria de Projetos Portal do Petroleiro Graduanda em Engenharia de Petróleo
Referências:
THOMAS, José Eduardo et al. (Org.). Fundamentos de Engenharia de Petróleo. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Interciência Ltda., 2001. 271 p.
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