MÉTODOS DE ELEVAÇÃO ARTIFICIAL
Como visto anteriormente, quando a pressão do reservatório é relativamente baixa, os fluidos não alcançam a superfície sem que sejam utilizados meios artificiais para elevá-los. O mesmo ocorre no final da vida produtiva por surgência ou quando a vazão do poço está muito abaixo do que poderia produzir, necessitando de uma suplementação da energia natural através de “elevação artificial”. Utilizando equipamentos específicos, reduz a pressão de fluxo no fundo do poço, com consequente aumento do diferencial de pressão sobre o reservatório, resultando em um aumento da vazão.
Dentre esses métodos, os principais são:
Bombeio mecânico por hastes (BM),
Bombeio Centrífugo submerso (BCS),
Bombeio por cavidade progressiva (BCP),
Elevação Pneumática (Gás Lift) contínuo (GLC),
Elevação Pneumática (Gás Lift) intermitente (GLI),
E outros.
Figura – Importância do método de acordo com o número de poços implantados
Na indústria de petróleo, o método mais antigo e difundido no mundo é o Bombeio mecânico por hastes, já que ele é simples e de fácil operação em campo. No entanto, isso não implica que a produção de petróleo com este método seja maior, já que eles produzem a uma vazão baixa. O método mais importante por volume de óleo produzido é o Gás Lift contínuo
, seguido pelos poços surgentes que possuem uma alta produção, mas representam apenas 4% dos poços implantados, enquanto o BM que possui 67% dos poços implantados e apenas 7% de importância de acordo com a quantidade de volume produzido.
Figura – Importância do Método de acordo com o volume de óleo produzido
Cada método de elevação artificial apresenta características próprias e melhores aplicações. A definição pela melhor opção deve considerar diversos aspectos tais como econômicos, tecnológicos, ambientais, de segurança, capacidade da empresa e etc.
Critérios para selecionar o método a ser utilizado:
Características do reservatório: Pressão de saturação, profundidade, pressão e temperatura da formação…
Mecanismos de recuperação do reservatório: Influxo de água, capa de gás…
Propriedades dos fluidos: Densidade, viscosidade…
Características do sistema reservatório/poço: Curvas IPR e TPR
Fontes de energia disponível: Elétrica, gás, diesel ou outro combustível
Restrições legais: arrendamento, normas ambientais…
Investimento, custo operacional, durabilidade do equipamento, cultura da empresa, pessoal disponível e etc.
Depois de todas essas considerações, enfim, começa a instalação do método escolhido e dá-se início a produção. Quer saber mais sobre cada método? Continue acompanhando nossas publicações!
Sophia Paiva Diretoria de Projetos Portal do Petroleiro Graduanda em Engenharia de Petróleo
Referências: THOMAS, José Eduardo et al. (Org.). Fundamentos de Engenharia de Petróleo. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Interciência Ltda., 2001. 271 p.
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