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O gás russo se tornou a commodity mais divisiva da Europa

                            IMAGEM MERAMENTE ILUSTRATIVA

 

O gasoduto Nord Stream 2 está em planejamento desde 2015 e deve ser concluído no final de 2019. Seus defensores argumentam que o projeto faz perfeito sentido comercial: o gasoduto conectará o maior exportador mundial de gás natural à maior economia da Europa, duplicando a capacidade da ligação trans-Báltica existente, a Nord Stream 1, que está operacional desde 2011. Juntos, os dois oleodutos poderão transportar 110 bilhões de metros cúbicos por ano de gás natural, o suficiente para atender a quase um quarto da  demanda total a UE. 

Os críticos consideram o oleoduto, e o papel da Alemanha nele, como um ato de traição e uma loucura geopolítica de primeira ordem. Países como a Polônia e a Ucrânia denunciaram-no como uma flagrante tentativa de marginalizar seus próprios gasodutos e um movimento imprudente que os deixará e o restante da Europa à mercê de Moscou. A Comissão Européia é outro adversário do Nord Stream, argumentando que o projeto mina sua pressão por maior independência energética e suprimentos mais diversificados. 

A UE necessita de energia importada de países terceiros. Em 2016, o principal produto energético importado foram os produtos petrolíferos (incluindo o petróleo, que é o principal componente), representando quase dois terços das importações de energia para a UE, seguidos pelo gás (24%) e combustíveis sólidos (9%).

Em 2016, quase dois terços das importações de petróleo extra da UE vieram da Rússia (32%), Noruega (12%), Nigéria e Arábia Saudita (ambos 8%) e Cazaquistão (7%). Uma análise semelhante mostra que mais de três quartos das importações de gás natural da UE provieram da Rússia (40%), Noruega (25%) e Argélia (12%), enquanto quase três quartos das importações de combustíveis sólidos (principalmente carvão) Rússia (30%), Colômbia (23%) e Austrália (15%).

De acordo com Eurostats, que fez um estudo mostrando a taxa de dependência energética dos países, onde apresenta até que ponto uma economia depende das importações para atender suas necessidades energéticas. Essa taxa é medida pela parte das importações líquidas (importações – exportações) no consumo interno bruto de energia (ou seja, a soma da energia produzida e das importações líquidas).

O resultado apresentado foi que a UE, em 2016, a taxa de dependência foi de 54%, o que significa que mais de metade das necessidades de energia da UE foram satisfeitas pelas importações líquidas. Na Alemanha essa taxa já está acima de 60%, como pode ser visto no gráfico abaixo.

O adversário mais formidável do Nord Stream 2, fica em Washington. O presidente Donald Trump deixou claro várias vezes que deseja interromper o projeto de € 9,5 bilhões – e que está pronto para impor sanções duras para atingir esse objetivo.

 Na semana passada, Trump questionou o novo oleoduto na cúpula da Otan em Bruxelas, alertando que a Alemanha havia se tornado

 " cativa da Rússia , porque está obtendo grande parte de sua energia da Rússia".

Por enquanto, o projeto conta com o apoio oficial do governo alemão (assim como o apoio incondicional do Kremlin). Mas o coro de críticos em Berlim, inclusive dentro do governo, está ficando cada vez mais alto.

Diretoria de Projetos do Portal do Petroleiro Graduando em Engenharia de Petróleo

FONTE:

[1] Matéria sobre Nord Stream 2, pode ser encontrada em, https://www.ft.com/content/e9a49e8c-852c-11e8-a29d-73e3d454535d

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