Oleodutos dos EUA crescem e impulsionam a produção de Xisto
IMAGEM MERAMENTE ILUSTRATIVA
Os números de pipelines do mercado de petróleo dos EUA está crescendo rapidamente, como pode ser visto no gráfico abaixo, e tem como um dos objetivos entregarem maior infraestrutura aos terminais do Golfo do México. As mudanças estão consolidando a estatura dos EUA nos mercados mundiais do óleo negro, alimentando as exportações de petróleo bruto dos campos de xisto e o combustível produzido pelas refinarias costeiras.
Mais pipelines e portos expandidos permitiram que produtores de petróleo americanos atingissem 10 milhões de barris por dia em produção, chegando seu ponto mais alto em 47 anos após o pico anterior durante os últimos dias do último boom do petróleo do Texas, competindo assim com a Arábia Saudita e a Rússia, como pode ser visto no gráfico abaixo.
Fonte: EIA (Energy Information Administration)
Os EUA ainda são uns dos grandes importadores líquidos de petróleo, entretanto as saídas da commodity da costa aumentaram nos últimos anos, tendo recebido um grande impulso da abolição das fronteiras sobre as exportações de petróleo bruto no final de 2015, como pode ser visto no gráfico abaixo. A capacidade de exportação bruta na costa do Golfo aumentará de 1,9mb/t no final do ano para 4.9mb/d até 2023, informou a Agência Internacional de Energia em um relatório na segunda-feira. Todo barril incremental de petróleo bruto leve dos EUA será exportado, estima Bernstein Research.
Fonte: EIA (Energy Information Administration)
Os aumentos das exportações são um desafio direto aos membros da Opep , como a Arábia Saudita e o Irã, e também a Rússia, o principal produtor de petróleo, pois desde o início de 2017, esses países impediram a produção visando apertar os estoques globais, com a função de aumentar o preços do óleo, e vem obtendo relativo sucesso, como mostra o gráfico, saindo da casa dos US$ 50 dólares em 2017 para as dos US$ 60 dólares em 2018, mas correm o risco de perder participação de mercado para os EUA.
Preço do Brent Oil Fonte: MacroTrends
De acordo com Ed Morse, chefe global de pesquisa de commodities no Citigroup. Pipelines e portos têm sido críticos.
“Como resultado dessas pops na capacidade de takeaway, os EUA são agora o país exportador incremental de mais rápido crescimento no mundo”.
A infra-estrutura está dando a essas exportações uma vantagem estrutural, reduzindo o custo do transporte de óleo de cabeça do poço para porto. A diferença de preço entre o petróleo bruto vendido em Midland, no Texas, no meio da Bacia do Permiano, e notas equivalentes na costa, diminuiu de mais de US$ 30 o barril em 2012 para apenas US$ 3 conforme o fluxo de novas tubulações, de acordo com Financial Times.
Os países integrantes da Opep têm de ficar atentos aos EUA, pois essa crescente está indicando que os americanos se tornaram o maior produtor de petróleo do mundo no futuro próximo, graças à fonte de xisto principalmente, e isso pode frustrar todo o plano do cartel, pois tamanha oferta de óleo pode fazer os preços do barril desabarem de novo.
João Vitor Souza Santos Graduando em Engenharia de Petróleo Diretor de Projetos do Portal do Petroleiro
FONTE:
[1] Preço Histórico do óleo Brent, pode ser encontrado em, http://www.macrotrends.net/2480/brent-crude-oil-prices-10-year-daily-chart
[2] Produção de óleo bruto americana, pode ser encontrada em, https://www.eia.gov/dnav/pet/hist/LeafHandler.ashx?n=pet&s=wcrfpus2&f=w
[3] Exportações de óleo bruto americana pode ser encontrada em, https://www.eia.gov/dnav/pet/pet_move_exp_dc_NUS-Z00_mbbl_m.htm
[4] Matéria sobre o crescimento dos oleodutos, pode ser encontrada em, https://www.ft.com/content/7a5f7236-1d94-11e8-aaca-4574d7dabfb6
[5] Matéria sobre Produção Petróleo do EUA a níveis de 1970, pode ser encontrada em, http://portaldopetroleiro.com/post/170381435416/produ%C3%A7%C3%A3o-de-xisto-coloca-a-produ%C3%A7%C3%A3o-de-petr%C3%B3leo-do
Comments