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OPEP e AIE divergem sobre o futuro do Mercado de Petróleo para 2018

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As duas coalizões mais importantes do mercado de petróleo mundial, AIE (Agência Internacional de Energia) e a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) divergem sobre o futuro da indústria para o ano de 2018. De acordo com a primeira será difícil eliminar o que o mercado chama de “excedente de oferta”, que jogou os preços da commodity para baixo nessa nova fase, entretanto a OPEP pensa diferente, de acordo com ela os cortes de oferta acordados por ela durante esse tempo e agora estendidos para o ano de 2018, eliminará essa oferta excedente.

Essa divergência teve recepções distintas no mercado como, o do chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank em Conpenhage, Ole Sloth, que disse  “É impossível que ambos estejam certos”.

Relembrando a história recente, a Opep junto com seus aliados, incluindo a Rússia, um rival histórico na corrida do ouro negro, acordaram cortes na produção de petróleo a fim de tentar valorizar a commodity, onde objetivaram reduzir sua produção combinada em 1,8 milhão de bpd e trazer assim o “reequilíbrio” para o mercado. De acordo com a agência de notícias Reuters, esses cortes eliminaram quase dois terços do excedente global este ano, compensando a explosão do petróleo de xisto. É importante notar que essa estratégia foi pensando no longo prazo, pois esses cortes tiveram algum prejuízo em suas economias nacionais.

Mas a opinião apresentada pela AIE é diferente, apesar de reconhecer que esses cortes tiveram sucesso, mostrando até dados de que o excedente nos países desenvolvidos despencou de 291 milhões de barris em novembro de 2016 para 111 milhões em outubro de 2017, o que levou o barril do óleo Brent passar a marca dos US$ 60, atingindo assim o maior preço desde 2015, como mostrado no gráfico abaixo, ela apresenta a conclusão de que o volume dos excedentes pouco mudará, enquanto a Opep têm expectativa que o fim de processo de “reequilíbrio” será no fim do ano que vem, pois os estoques caíram cerca de 130 milhões de barris, a AIE prevê que os estoques continuaram constantes porque o crescimento da oferta nova superará o aumento da demanda, a dúvida que gera o conflito entre as projeções para 2018 é se a aliança será capaz de extinguir a abundância restante sem desencadear uma nova onda do xisto dos EUA.

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       Gráfico I: Preço do Brent Oil     Fonte: Macrotrends

Destaca-se que a demanda prevista por ambas as instituições pelo petróleo é a mesma no curto prazo, a Opep será de cerca de 32,3 milhões de barris por dia em média no primeiro semestre de 2018, mas suas projeções divergem com o avançar do ano. A Opep estima que precisará bombear cerca de 34 milhões de barris por dia no segundo semestre, enquanto a AIE prevê necessidade de apenas 32,7 milhões por dia.

FONTE:

[1] Dados sobre preço do Brent Oil, pode ser encontrado em, http://www.macrotrends.net/2480/brent-crude-oil-prices-10-year-daily-chart

[2] Matéria sobre prolongamento do acordo de cortes de oferta, pode ser encontrada em, http://portaldopetroleiro.com/post/168290737241/opep-e-r%C3%BAssia-concordam-em-prolongar-cortes-de

[3] Matéria sobre a divergência entre AIE e Opep, pode ser encontrada em, http://www.tnpetroleo.com.br/noticia/maiores-vozes-do-petroleo-divergem-sobre-perspectiva-para-2018/

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