Opep vê aumento da oferta petróleo de rivais, compensando seus cortes e queda da Venezuela
IMAGEM MERAMENTE ILUSTRATIVA
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo elevou sua previsão para o fornecimento de petróleo de países não membros do cartel esse ano, os preços mais altos estimulam as petroleiras americanas de xisto a aumentar a produção, fazendo um contraponto ao acordo liderado pela Opep para eliminar um excesso de oferta e a queda da produção venezuelana devido ao colapso econômico e politico do país.
Em relatório mensal da Opep da ultima quarta-feira (14), consta que produtores não membros da Opep irão aumentar o fornecimento em 1,66 milhão de barris por dia (bpd) no ano de 2018, um salto de 280,000 bbl/d na mesma previsão do mês passado, com isso seria o quarto aumento seguido, partindo da previsão de 870 mil bpd em novembro.
De acordo com o relatório,
“Para 2018, um crescimento maior é esperado às custas do aumento previsto na produção norte-americana de xisto, após um cenário de preços melhor não apenas para produtores de xisto, mas também para outros países como o Canadá, Reino Unido, Brasil e China”.
O corte de oferta da commodity, que foi acordado entre os países participantes da Opep e a Rússia em 2017 e que foi estendido até o fim de 2018 tem ajudado a aumentar os preços do petróleo, que atingiu o valor de 71 dólares por barril neste ano pela primeira vez desde 2014 e que estava sendo negociado em torno de 65 dólares nesta quarta-feira. Mas o tratado também tem incentivado uma onda de produção de óleo de xisto, alimentando um debate sobre a eficácia de manter as restrições em vigor. O gerou debates dentro da Opep para saber qual preço seria o mais viável a o equilíbrio do mercado.
De acordo com o Wall Street Journal, o ministro do Petróleo do Irã disse que a Opep pode concordar na sua próxima reunião, em junho, em começar a aliviar as restrições em 2019, e também afirmou que a Opep deve buscar um preço por volta de 60 dólares para o petróleo para conter o crescimento do xisto.
O Energy Information Administration (EIA) informou que a produção dos EUA continuou sua produção mais alta, aumentando 2 milhões de barris por dia para mais bater um recorde semanal de 10,38 milhões de barris por dia. Em conunto com a Agência Internacional de Energia revisaram recentemente as previsões de produção de petróleo dos EUA mais altas. Constatou-se que a produção foi ajudada pelo aumento de 25% nos preços do petróleo no ano passado, além de melhorias na eficiência e na tecnologia.
FONTE:
[1] Matéria sobre dados da EIA e AIE, pode ser encontrada em,https://www.wsj.com/articles/oil-nudges-up-ahead-of-u-s-stocks-data-1521023720
[2] Matéria sobre relatório da Opep, pode ser encontrada em, https://extra.globo.com/noticias/economia/opep-ve-aumento-de-fornecimento-de-petroleo-de-rivais-compensando-seus-cortes-queda-da-venezuela-22488128.html
[3] Matéria sobre relatório da Opep, pode ser encontrada em, http://www.tnpetroleo.com.br/noticia/opep-ve-aumento-de-fornecimento-de-petroleo-de-rivais-compensando-seus-cortes-e-queda-da-venezuela/
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