20 de nov. de 20172 min de leitura

Petrobras obtém lucro mas abaixo do esperado no 3º trimestre

As ações da Petrobras caíram na ultima terça-feira em 7,8% (Dia 14), como pode ser visto no gráfico abaixo, após a informação da petrolífera de lucro decepcionante no terceiro trimestre. Foi registrado lucro de R$ 266 milhões, revertendo prejuízo de R$ 16,4 Bilhões do mesmo intervalo do ano passado. Entretanto o resultado foi abaixo das expectativas do mercado, prejudicado por gastos não previstos com provisões para perdas na Justiça e despesas com a adesão ao programa de regularização tributária (Refis).

O lucro foi 16% menor que no trimestre anterior, quando a petroleira teve ganhos de R$ 316 milhões. No primeiro trimestre, o lucro foi de R$ 4,45 bilhões. Com o resultado do período, a estatal já soma quatro trimestres consecutivos de ganhos, como mostra o gráfico abaixo.

A Petrobras ainda está lutando para sair de uma crise gerada por um enorme escândalo de corrupção, má gestão e uma queda nos preços do petróleo. Mas alguns analistas elogiaram os ganhos da estatal em dívida e fluxos de caia, com expectativa de novos ganhos á frente. A Credit Suisse, disse em nota “Vemos a melhoria da História”, citando potenciais parcerias, um “bom pipeline de desinvestimentos” e otimismo no preço do petróleo no futuro próximo.

Os motivos pelo qual lucro do terceiro trimestre veio abaixo das expectativas do mercado, foi em parte por causa prejudicado em por gastos extraordinários que somaram R$ 3,3 bilhões no período. Pelo consenso do mercado, a Petrobras deveria ter tido um lucro de R$ 3,2 bilhões.

Pesaram nesta conta os pagamentos para aderir a programas de regularização fiscal, de R$ 1,030 bilhão. Somente o Refis, que renegocia as dívidas do governo federal, representou uma despesa de R$ 900 milhões no período, segundo o diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro.
A empresa também aumentou seus gastos e provisões para despesas judiciais no segundo trimestre, um impacto de R$ 1,061 bilhão. A Petrobras é alvo de ações na Justiça brasileira e estrangeira de acionistas minoritários que tentam conseguir indenizações pelo envolvimento da empresa com esquemas de corrupção revelados na operação Lava Jato.
Outros gastos vieram do impairment (revisão para baixo do valor de ativos) no valor de R$ 222 milhões, bem inferior aos R$ 15,7 bilhões que derrubaram o lucro no mesmo período de 2016.