QUEROGÊNIO (parte I)
Quando pensamos em componentes do petróleo a primeira palavra que geralmente vem a nossa mente é hidrocarbonetos. Mas dá onde surgem esses hidrocarbonetos? Quais os processos que levam a tal acontecimento? Bem, hoje falaremos um pouco sobre um dos motivos essenciais para que isso ocorra, o querogênio.
Como já sabemos, ele é formado durante o processo de diagênese onde a matéria orgânica passa por diversas transformações até chegar neste produto. Além do Petróleo, ele também é responsável pela formação do carvão, que forma-se a partir de alterações sofridas pelo querogênio em sua temperatura e pressão.
Muitas vezes falarmos que o querogênio é formado simplesmente por matéria orgânica fica muito vago. Então, do que ele é essencialmente formado? O querogênio quimicamente falando tem como seus principais elementos o C, H e o O. A partir da razão desses componentes aliados a dados químicos é possível dividi-lo em I, II, III, IV.
O tipo I é rico em Hidrogênio e sua origem vem essencialmente das algas. Ele geralmente é encontrado em rochas geradoras depositadas em bacias lacustres.
imagem representativa de uma bacia lacustre
O tipo II é mais rico em Oxigênio e tem menos Hidrogênio que o tipo I. Esse tipo se encontra presente na grande maioria das rochas-mãe de petróleo.
O tipo III apresenta baixos valores de Hidrogênio. Ele é frequentemente encontrado em rochas geradoras depositadas em ambiente marinho deltaico.
Já o tipo IV apresenta um potencial baixíssimo para a geração de hidrocarbonetos, tanto de petróleo quanto de gás.
Com isso temos que o petróleo tem uma determinada composição para cada tipo de querogênio. Alguns podem conter mais enxofre como no caso do petróleo derivado do tipo II, outros como o derivado do tipo I, contém mais compostos alifáticos.
Luan Victor Diretoria de Projetos do Portal do Petroleiro Graduando em Engenharia de Petróleo
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