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Slim-hole ou Microperfuração

 

Nos últimos anos, a indústria petrolífera vem desenvolvendo plataformas, equipamentos de perfuração e ferramentas de perfilagem para perfuração de poços de pequeno diâmetro, também chamados “poços delgados”. Portanto, slim-hole drilling se refere à perfuração de poços delgados. Sabe-se que os poços de petróleo são constituídos de seções, onde são utilizados revestimentos de diâmetros gradativamente reduzidos com a profundidade. Dessa forma, pode ser considerado um poço de diâmetro reduzido, o que apresentar 90% de seu comprimento com diâmetro igual ou inferior a 17,78 cm (7 in).

Algumas empresas de petróleo usam a referida expressão quando estão projetando poços com um menor número de revestimentos, requerendo menor quantidade de fluido de perfuração e cimento e produzindo menos cascalhos. Outras definições para poços delgados incluem os de menores diâmetros ao final da perfuração dos convencionais.

Em operações normais de perfuração, poços delgados também se justificam ao tornarem-se alternativas àqueles que apresentarem problemas operacionais e necessitarem de um conjunto extra de revestimentos, ou na reentrada de poços laterais ou horizontais.

A princípio, o principal objetivo de se perfurar poços de “furos reduzidos” é a redução de custos, uma vez que as estimativas variam de 40 a 60% na perfuração exploratória. As causas residem na redução do consumo de brocas de perfuração, lamas, cimento, combustível, na maior facilidade de mobilização de equipamentos, bem como equipamentos menores e menos resíduos. As plataformas são menores e pesam cerca de um quinto das convencionais, podendo viabilizar a exploração em áreas inacessíveis ou que sejam sensíveis ambientalmente.

Para exemplificar, uma companhia sueca chegou a perfurar 93 poços delgados, cujo diâmetro aproximado era de 2,5 polegadas, economizando 75% em relação aos métodos convencionais. Essa economia se deve aos fatores citados anteriormente.

A tabela abaixo mostra uma comparação de alguns parâmetros de poços convencionais e de poços de diâmetro reduzido.

Uma das limitações ocorre em poços com menos de 6,5 in (polegadas), pois é necessária a redução física do tamanho dos rolamentos em todas as brocas de rolos. Como consequência, requerem uma limitação do peso sobre a broca. Nessas condições limitantes, a depender do tipo de broca utilizado, a estrutura de corte pode não ser eficiente para oferecer maior ritmo de penetração (ROP). Portanto, deve-se considerar uma broca de diamante para aumentar o coeficiente de penetração e para permanecer no poço durante períodos prolongados.

Além disso, problemas podem ocorrer caso ocorra influxo de fluidos da formação. A profundidade máxima perfurável com as configurações desse tipo de poço constitui outra limitação atual dessa tecnologia.

Tipos de perfuração delgada:

Neste primeiro tipo, encaixam-se os poços perfurados com brocas pequenas, com diâmetro variando de 4,5 a 6 polegadas. A sonda usada é uma versão reduzida da sonda de perfuração convencional. Diferentemente dos convencionais (9 metros), o comprimento dos tubos de perfuração varia de 1 a 6 metros e suas conexões são planas para redução de arraste. Enquanto a redução do peso dos tubos diminui a abrasão na parede do poço, ela diminui sua resistência mecânica. Nesse caso, a flambagem pode ser parcialmente reduzida com o uso de suportes apoiados na parede do poço.

O segundo tipo, chamado de testemunhagem contínua, apresenta bom potencial para obtenção de informação geológica a partir dos testemunhos. Essa técnica é aplicada na indústria de mineração para a verificação de existência de minerais em quantidade viável, que justifique a exploração. Contudo, na indústria de petróleo, começou a ser adaptada em meados da década de 1950, diferindo da testemunhagem convencional dos campos petrolíferos.

Considerações:

Embora o pequeno diâmetro reduza a utilização das tecnologias de perfilagem, atualmente, existem ferramentas MWD com diâmetro de 1,25 polegadas.

Percebe-se que, pelo fato de apresentarem uma folga anular de 0,5 polegadas contra de 1,5 a 9 polegadas em poços convencionais, o desenvolvimento dessa área de perfuração de poços delgados está contido no fluido de perfuração. Aditivos são necessários para ajustar a viscosidade do fluido, reduzindo as perdas de cargas, uma vez que a velocidade é alta no espaço anular. Outra consideração está relacionada à rotação do conjunto, pois a rotação do tubo de pequeno diâmetro faz com que ele aja como uma centrífuga, prendendo os sólidos à superfície interna do tubo de perfuração e impedindo o fluxo do fluido.

Lucas Goulart Diretoria de Projetos do Portal do Petroleiro Graduando em Engenharia de Petróleo

Referências

JAHN, Frank et al. Introdução à Exploração e Produção de Hidrocarbonetos. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 491 p.

LOURENÇO JUNIOR, Verim Hernandes. Técnicas de Perfuração. Petrobras. 282 p.

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